Identificação de Espécies de Flebotomíneos do Sertão de Alagoas
Ao longo da história os artrópodes foram responsáveis por numerosas epidemias, algumas dessas doenças ainda constituem importantes problemas de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial de Saúde as doenças transmitidas por artrópodes são, a cada ano, responsáveis por uma em cada 17 mortes no mundo.
Dentre as Zoonoses causadas por artrópodes se destacam: Dengue (Aedes aegypti); Chikungunya (Aedes aegypti); Zika (Aedes aegypti); Doença de Chagas (Trypanosoma cruzi), Febre Amarela (Aedes aegypti); Leishmaniose (Lutzomyia longipalpis), e Malária (Plasmodium), que possuem vetores hematófagos que em geral transmitem os agentes infecciosos por inoculação através da pele, durante a alimentação, o inseto transmite o parasita quando defecam, após a alimentação, a inoculação ocorre por contaminação de mucosas e de áreas lesada com os resíduos fecais através do ato de coçar. A elevada importância das doenças transmitidas por insetos vetores no Brasil aponta para a relevância de estudar os métodos de controle desses vetores
Atualmente o ISC desenvolve projeto com Leishmaniose Canina no Município de São José da Tapera, localizado no sertão Alagoano, que apresenta números expressivos de casos positivos, a fim de propor um controle eficaz realizamos coletas e identificação de espécies de flebotomíneos, levantamento do numero de cães errantes, e coleta de material biológico para realização de exames laboratoriais, diante disto o Instituto tem como objetivo fornecer subsídio para diminuição dos riscos de transmissão mediante controle da população de reservatórios e do agente transmissor.
É importante destacar que as Leishmanioses fazem parte das doenças negligenciadas, ou seja, são doenças que prevalecem em condições de pobreza, e que contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representam forte entrave ao desenvolvimento dos países, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com uma ou mais doenças negligenciadas, o que representa um sexto da população mundial.
